sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mudança de ambiente

Queridos leitores e seguidores. A partir de hoje o blog muda de ambiente, e se agrega ao Portal Exame. Espero contar com a presença de todos por lá, e reafirmando os ideais de fevereiro de 2008 quando dei início a esse projeto. Discutir e comentar sobre gestão esportiva, negócios do esporte, e tudo que estiver relacionado a arenas esportivas. Conto com vcs e um grande abraço. O link para o blog é:

http://portalexame.abril.com.br/rede-de-blogs/novas-arenas/

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Coerência

Eu não poderia deixar passar em branco o assunto "convocação da seleção". Todo mundo pode, porque eu não ?
Acho interessante essa ênfase no termo "coerência". Coerência é uma linha de conduta, uma característica. Não é necessáriamente uma qualidade.
Os inflexíveis geralmente são coerentes. Os desfavorecidos de raciocínio (para usar uma expressão políticamente correta), também.
Sempre fui favorável à política do "tratar desigualmente os desiguais", visto por muitos como ode à incoerencia. Em termos de seleção brasileira o fator qualificação, sempre me falou mais alto que coerência. Se convocar os piores, por razões de antiguidade, amizade e etc. é exemplo de coerência, então às favas com ela, e viva a incoerência !

Cadê o "Governo" ?

Ontem parece ter sido um dia importante para o destino da Copa 2014. Além da criação de um comitê ambiental, cujo objetivo é o de desemperrar a burocracia estatal e acelerar as licenças ambientais necessárias para a construção dos estádios, o Ministro do Planejamento declarou que as cidades que não cumprirem as obrigações assumidas poderão ser substituídas, ou sumariamente eliminadas. Disse que a Copa poderá muito bem ser realizada com apenas 6 sedes.
Parece que o discurso de alguns dirigentes, principalmente de clubes proprietários de estádios confirmados como sedes, de que se não receberem recursos públicos as reformas não serão realizadas, não foi bem digerido. Pois é, ficou mesmo com cara de chantagem (aliás, uma chantagem anunciada...).
Se vcs me perguntarem se eu acho que a Copa terá apenas 6 sedes, eu respondo que é uma hipótese tão real quanto a Coréia do Norte sair campeã do mundo da África do Sul. Mas isso não é o importante.
O importante parece ter sido a mudança de atitude do governo federal em relação ao "projeto" Copa 2014. Aparentemente, perceberam que ver o barco fazendo água e vir a público se esquivar das responsabilidades pelos atrasos das obras, poderia ser um tiro no pé. Afinal, o governo federal é o avalista da candidatura junto à Fifa. Se a "maionese" desandar, é a credibilidade do governo que estará arranhada, e não a de eventuais novos governadores. A grande falha em todo esse processo tem sido justamente a indecisão do governo federal em assumir a coordenação, o gerenciamento do "projeto Copa". Cada estado faz o que quer, no cronograma que bem entende, elege as prioridades que lhes convém, enquanto as obras não decolam e os prazos diminuem.
Parece que a partir de ontem algo mudou. Tomara.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cheiro de fumaça

A implementação da infra esportiva necessária para a realização da Copa 2014 está cada vez mais complicada.
A Fifa resolveu pressionar nossos organizadores, antes que os prazos "estourem" de vez. Essas dificuldades já eram previstas, pelo menos para quem frequenta esse blog. Os projetos públicos esbarram em dificuldades políticas, burocracia do estado, licitações que se arrastam, medidas judiciais e projetos de risco, até porque as pessoas de grande parte dos estados envolvidas nesses projetos não são do ramo.
Já os projetos privados, fundamentalmente carecem de recursos financeiros (justamente o que não falta aos projetos públicos).

O jogo está ficando perigoso. Os clubes proprietários dos estádios indicados como sedes, parecem apostar na teoria do quanto pior melhor. Quanto mais os prazos se apertarem, maior a possibilidade de recursos públicos e outras facilidades serem injetadas nesses projetos.
Destaco as declarações feitas essa semana, dos responsáveis do Atlético-PR e do Internacional sobre o andamento das obras e tirem suas conclusões.

“Eu afirmo para você, se não houver participação dos governos municipal e estadual, o Atlético não vai fazer nada. A obra não vai sair”, declarou o Vice-presidente do Atlético-PR, Ênio Fornea.

“O estádio de Manaus está pronto? Alguém viu os outros sete estádios? Alguém viu uma máquina limpando o terreno? Os três particulares são os mais próximos de estar prontos. Mais do que Maracanã e Mineirão, pelo tamanho dos recursos necessários para a reforma”, declarou o Presidente do Internacional, Vitório Píffero.

O primeiro já fala em tom de ultimato. O segundo descaradamente explica que está aguardando os "incentivos fiscais" (redução de impostos sobre aquisição de material de construção).

É evidente que é preciso atentar para o lado estratégico das candidaturas e das cidades, mas alguns rumos precisam ser discutidos com a sociedade, principalmente quando existe a possibilidade real de investimentos de recursos públicos em patrimônios privados. Vejam o caso do SPFC.
Notícias começam a circular sobre investimentos municipais e estaduais de R$ 135 milhões em obras de "infra-estrutura" para melhorias do entorno e dos acessos. Fala-se ainda no projeto do monotrilho ligando o aeroporto ao estádio, e ainda a utilização de um terreno público para estacionamento.
Ora, emprego de recursos públicos e incentivos fiscais diversos, utilizados na revitalização de áreas urbanas degradadas, é habitual, desejável, e com larga utilização em vários projetos mundo afora. Um grande equipamento esportivo efetivamente pode se tornar a âncora de projetos deste tipo. E aí, o emprego de recursos públicos faz todo o sentido. Mas será que esse é o caso do Morumbi ? O estádio está inserido em área degradada ? Será que faz sentido empregar recursos públicos que podem ultrapassar R$ 200 milhões (correção de rio subterrâneo, construção de "piscinões", obras viárias, monotrilho, estacionamento)na valorização de patrimônio privado, apenas para sediar alguns jogos da próxima Copa ?
A resposta não é tão óbvia quanto parece, pois existem razões estratégicas do município envolvidas, mas precisariam ser melhor discutidas com aqueles que irão pagar essa conta, os contribuintes.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dura lex, sed lex

Escândalo na Austrália. O Melbourne Storms, um dos principais times de rugby do país, fui punido pela Liga local (NRL) com a perda dos títulos das temporadas de 2007 e 2009. E isso porque o clube trapaceou a NRL ultrapassando o teto de salários estipulado, em A$ 1,7 milhão ao longo dos últimos 5 anos. O teto salarial (salary cap)imposto aos clubes locais é de A$ 4,4 milhões.
O clube contratou e renovou salários de alguns astros locais, garantindo uma remuneração "extra" mantida separadamente do salário oficial (um artifício equivalente ao nosso direito de imagem, só que em outros termos e mais clandestino).
Mesmo a Liga mantendo equipes de auditores para cada um dos 16 times, a fraude só agora foi descoberta.
Os Storms (e bota Storm nisso), além da perda dos 2 títulos, terá que pagar uma multa de A$ 1,6 milhão, bem como devolver os A$ 1,7 milhão pagos de forma irregular.
Além disso estará alijado das finais da atual temporada, e só não haverá rebaixamento porque, a exemplo das Ligas americanas, não existe esse mecanismo.
A lição que fica é que fraudes existem em todos os países, a diferença é que enquanto a "dura lex" é aplicada nos países sérios, por aqui a impunidade corre solta, com penas abrandadas, legislação deficiente e etc.
No Brasil a palavra credibilidade começa com Z, no nosso dicionário.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Feira

Alguem quer comprar um clube de futebol ?

Tem um chamado Liverpool, na Inglaterra, que pode ser seu. Os donos se encheram do brinquedo (comprado em 2007 por £217 milhões), e dizem que por 20% a mais o negócio sai. Facinho.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fê Bê a Pá

Está difícil ler os jornais, assistir as TV`s, e acompanhar os blogs. É tanta bobagem, que sinto vontade de, tal como Nélson Rodrigues, sentar na calçada e chorar lágrimas de esguicho.

Primeiro em relação a novela "Morumbi 2014", interminável, e exatamente porisso comentada por uma quantidade incrível de "especialistas" e "generalistas" de plantão, na mídia.

Agora, após a eleição do Clube dos 13, os mesmos entendidos, debruçaram-se sobre o excitante tema: a retaliação da CBF contra os clubes que se alinharam à chapa vencedora. E tome bobagem.

O Morumbi será excluído de vez. A famigerada "taça de bolinhas" será entregue ao Flamengo (mas o Flamengo tb votou "contra" a CBF...), perseguições nas finais de campeonato, e mais um monte de informações de algibeira.

Bem, o Morumbi (ainda) não foi defenestrado (até porque não existe opção viável). E a tal taça da discórdia vai ser entregue ao SPFC, e não ao Flamengo.

O triste é ver como as pessoas acreditam nessas tolices, e como a mídia parece ter o prazer de manipular informações.

Meus 6 leitores, não acreditem em rigorosamente nada que é publicado sobre esses assuntos. Parece soberba minha, mas acreditem, vcs estarão se desinformando.