segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Batalha dos Aflitos 2

Não poderia deixar de opinar sobre os episódios do último domingo em Recife. De tudo que se lê na imprensa aproveita-se pouco. Confunde-se a partida de futebol, a qual não comento, e as ações da esfera puramente esportiva, com as diversas responsabilidades envolvidas dentro do plano geral de segurança do evento. O plano de segurança tem por objetivo preservar e zelar pela segurança das seguintes partes: os torcedores, e os profissionais envolvidos na partida. Esse é o objetivo. Não percebi que o público estivesse em perigo em nenhum momento. Nem por conflitos entre torcedores, nem por ameaças externas, nem por riscos da estrutura física do estádio. O jogador que protagonizou todo o tumulto, não me pareceu representar uma ameaça a integridade dos torcedores ou dos profissionais envolvidos ( jogadores, árbitros, imprensa, ou qualquer outro). Seus vários pecados se restringiram unicamente a esfera esportiva, na qual ele deve ser julgado. Sendo assim, o que justifica aquela ação da polícia ? Cumprir o Estatuto do Torcedor, como alegou uma policial ? Mas em que capítulo do estatuto está escrito que um jogador deve ser retirado de campo imobilizado porque dirigiu gestos obscenos á torcida ? Em nenhum. Nem no estatuto, nem no Regulamento Geral de Competições (RGC). Em termos de segurança geral, e não apenas da segurança dos torcedores, vários pontos devem ser destacados. Excesso de pessoas, inclusive torcedores, estranhas a partida dentro do campo de jogo (responsabilidade do árbitro, do Delegado do Jogo, e do clube mandante). Vestiário da equipe visitante trancado ( responsabilidade do Delegado do Jogo, representante da Federação local). Despreparo das forças de segurança envolvidas. Inadequação da infra estrutura do estádio em não possuir uma via de acesso segura de evasão do campo de jogo, obrigando o jogador a passar por um autêntico "corredor polonês" de torcedores, tendo sua integridade física sob risco. Em resumo, um verdadeiro show de incompetência, em termos de segurança. Infelizmente várias ocorrências similares tem acontecido nos estádios brasileiros nos últimos meses, mas parece que existe um grande desinteresse em relação a esse assunto. Segurança meus caros, é o básico. Sem ela não existe evento, não existe nada. E para concluir deixo uma pergunta. Será que precisaremos redigir tambem um Estatuto do Jogador ???

2 Comentários:

Às 3 de junho de 2008 às 22:15 , Anonymous Anônimo disse...

O verdadeiro causador de todo o problema foi o André Luis. Transtornado em campo, agrediu verbalmente seus compenheiros, fisicamente adversários, questionou a autoridade do árbitro, além de ofender a audiência e desacatar autoridade pública...
O Estatuto do Jogador que voce propõe deveria legislar sobre a conduta deste profissionais dentro e fora de campo.

 
Às 4 de junho de 2008 às 14:40 , Blogger Andre Bastos disse...

Um jogador transtornado em campo não é um problema de polícia. É um problema de autoridade do árbitro.

Me prgunto se preisamos mesmo de uma Tropa de Choque dentro do gramado, e até mesmo dentro do estádio.

Acho o modelo inglês de "stewards" muito mais competente. Trata-se de funcionários contratados e treinados pelo clube ou federação para trabalhar PREVENTIVAMENTE no atendimento e segurança do publico e do jogo.

A PM em si é um força desprporcional para um evento como este.

 

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