Os maus exemplos
Semana passada foi colocado o teto que recobre o Centro Aquático do parque Olímpico dos jogos de Londres 2012. Em forma de onda, a estrutura pesa 2.800 toneladas.
O equipamento é composto de duas piscinas de 50m, uma de 25m, e uma torre de saltos.
O projeto é muito bonito, mas...sempre tem um mas...
O custo orçado no projeto apresentado ao COI, era de 70 milhões. Fechou em 250 milhões. De libras !!! (750 milhões de reais). E 100% dinheiro público.
Nossas autoridades olímpicas, e não olímpicas, andam enamoradas pela eficiência, experiência, e qualidade na gestão de projetos dos britanicos. Têm ido com frequência à ilha acompanhar os preparativos, e voltam maravilhados com o que viram. Será que é para tanto ? Confesso que não sou dos maiores admiradores dos gestores de sua majestade.
Além dos orçamentos estourados para a Olimpíada (de 4 bilhões de libras já ultrapassou os 9 bilhões), não podemos esquecer o maior "case" de incompetência de gestão de todos os tempos no esporte, que foi a construção do novo Wembley. Um exemplo clássico de tudo que não se deve fazer nessa área.
Agora, já pensaram se para 2016 nosso comitê organizador faz o mesmo ? O mundo viria abaixo. Lá, nem tanto.
Acho que seria melhor deixarmos a Inglaterra um pouco de lado, e mirarmos outros exemplos, até porque, know-how em estourar orçamentos nós já temos.
3 Comentários:
A Copa da Alemanha é tida como um case de sucesso, não é?
Você sabe quanto exatamente foi a proporção de investimento publico x investimento privado?
Grato
Claudio, em numeros redondos a proporção foi de 70% publico x 30% privado.
Obrigado pela informação.
Isso, para mim, mais do que prova de que a construção de estádios é, na grande maioria das vezes, inviavel economicamente para a iniciatiava privada em um Estado Liberal, pois, sem grana pública as obras simplesmente não saem do papel.
Por isso, quando formos falar em sustentabilidade, temos que levar em questão que, muitas vezes, o prejuízo é algo aceitável já que a existência de estádios é uma necessidade social e que o pagador de impostos, em geral, aceita custear a existência dessas estruturas de lazer
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