segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Histórias infelizes

A Inglaterra definitivamente está na moda. No Brasil pelo menos. Já me chamaram de inimigo público nº 1 da escola inglesa de gestão esportiva, o que é um exagero. É que eu apenas não compartilho do entusiasmo de muitos com tudo que envolve os esportes da ilha. Não gosto do estilo ingles de futebol (acho que nem eles gostam pois quase aboliram os nativos de seus times...), não sou fã ardoroso da gestão de projetos deles (eles colecionam fracassos monumentais nessa área), e sou adversário feroz do modelo ingles de gestão de clubes. Reconheço que possuem alguns players de equipamentos esportivos e de gestão de arenas muito bons, mas, a mim pelo menos, isso não é razão para tanta empolgação.
Que justifique, por exemplo, a contratação de Tony Blair como consultor da Rio-2016. Para que ? lob ? Mas nisso nós já somos bons.
Outro fato da semana que exemplifica minha implicância, foi a nova venda do Portsmouth. Em 1 ano, o clube trocou de mão 4 vezes !!! Ahhh, mas é um clube pequeno...E o Liverpool, agonizante ? E o Newcastle, rebaixado e desesperado sem encontrar comprador ? E o Manchester United com suas dívidas colossais e os sócios americanos loucos para passarem o clube adiante ? É...o clube mais valioso do mundo segundo a Forbes...
Esse modelo ingles de gestão está falido. Consolem-se as viúvas, e poupem o dinheiro das carpideiras. Não vale a pena chorar por ele.

2 Comentários:

Às 9 de fevereiro de 2010 às 13:05 , Anonymous Andrés Montano disse...

Ricardo,

O futebol na Inglaterra me parece numa posição um pouco antagônica. Ao mesmo tempo em que tem clubes mudando de mãos a toda hora (como o exemplo que você deu do Portsmouth) e clubes muito endividados (como anunciou o Manchester United), a Premier League tem estádios lotados (mantém 92% de ocupação média na temporada 09/10) e direitos televisivos caríssimos (a ESPN pagou 105 milhões de Euros para a transmissão da próxima temporada).

Talvez o "financial fair play" do Michel Platini os ajudará na questão das dívidas, quando for implantado.

Só acho que enquanto os clubes puderem ser comprados por qualquer um, continuarão mudando de dono a toda hora e cada vez perdendo sua identidade.

Abraços

 
Às 9 de fevereiro de 2010 às 19:46 , Anonymous Anônimo disse...

Concordo plenamente.

Torcer para um clube tem que fazer sentido. O dia que ele se torna uma empresa onde o sócio não significa nada então ele perde o sentido de existir e burro é quem continua torcendo para o clube que virou brinquedo de algum ricaço.

 

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