O céu é o limite no mercado de naming rights
Incrível. A economia internacional virando o fio, a americana em especial atolada na crise hipotecária, commodities em queda, enfim, nuvens negras se avizinham. Mas se tem algo que não pára de crescer, são os valores ds contratos de naming rights na terra do Tio Sam. Bem, os assíduos leitores deste blog com certeza acompanham os movimentos desse mercado pois regularmente posto alguma informação sobre isso.
No capítulo anterior, dois bancos pesos pesados, Grupo City e Barclays, ano passado concordaram em pagar US$ 20 milhões / ano, pelos direitos exclusivos de nome em dois novos empreendimentos, respectivamente em Nova Jersey e Nova York. Como os contratos são de 20 anos, o total do investimento soma US$ 400 milhões cada !!!
Pois bem, ao contrário do que o mercado de marketing esportivo esperava, esses valores parecem estar longe do topo. Essa semana, duas notícias causaram furor. O novo estádio dos Yankees de Nova York, teria fechado um acordo inédito com o Bank of America que ultrapassaria esses valores (os valores não foram divulgados) e que incluiria não o nome do estádio, mas uma série de propriedades de marketing, que tornariam o Banco o principal sponsor do equipamento, mas que permitiria que outros patrocinadores também atuassem, com, é claro, uma exposição muito menor, e jamais dando nome ao estádio. Ou seja, a nova arena continuará se chamando Yankee Stadium, o nome do Banco aparecerá até nos ingressos, e os valores serão equivalentes aos maiores valores conhecidos de naming rights. É uma espécie de é sem ser. Entenderam ?
E como se fosse pouco, no dia seguinte surgiu a notícia, ainda não confirmada, que a alemã Allianz estaria disposta a pagar US$ 25 milhões / ano, para colocar seu nome na nova mega arena que será compartilhada pelos times do Giants e dos Jets, ambos de NY, a partir de 2010.
Pois é, quando todos pensavam que os conglomerados financeiros iriam reduzir os investimentos em patrocínios em razão da crise americana, eles estão fazendo o contrário, investindo e dando mostras de força ao mercado e confiança aos clientes.
E aqui, porque os naming rights não decolam ? São muitas razões. Muitos estádios públicos, conservadorismo de vários clubes que poderiam negociar esse tipo de investimento em seus estádios, e pouco retorno de mídia espontânea (principalmente graças à estreiteza de visão do gigante da mídia esportiva brasileira), são as principais. É preciso considerar tambem, que nosso mercado ainda engatinha na área de marketing esportivo e que ainda temos muitos passos a dar, como por exemplo possuírmos arenas compatíveis e gestões profissionais em nossos clubes, antes de amadurecermos a área de naming rights no Brasil.
Até lá, babemos pois.
2 Comentários:
Olá Ricardo,
parabéns pelo blog!
Vi o link na CEV/MKT.
Estou trabalhando em minha monografia, cujo tema é Naming Rights em estádios de futebol brasileiros, e com certeza este blog terá grande importância.
Realmente, em se tratando de acordos de Naming Rights em estádios o Brasil ainda engatinha.
Vejo a realização da Copa de 2016 no nosso país como um marco para a popularização deste tipo de acordo por aqui.
O grande problema é os meios de comunicação esportiva do brasil se 'acostumarem' com nomes corporativos e fornecer o tão esperado retorno de mídia que as empresas buscam.
Até lá, acredito eu, os dirigentes esportivos serão capazes de enxergar o Naming Rights como um tipo de acordo vantajoso para os clubes.
Abraços,
Copa de 2014, desculpe...
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