terça-feira, 27 de abril de 2010

Dura lex, sed lex

Escândalo na Austrália. O Melbourne Storms, um dos principais times de rugby do país, fui punido pela Liga local (NRL) com a perda dos títulos das temporadas de 2007 e 2009. E isso porque o clube trapaceou a NRL ultrapassando o teto de salários estipulado, em A$ 1,7 milhão ao longo dos últimos 5 anos. O teto salarial (salary cap)imposto aos clubes locais é de A$ 4,4 milhões.
O clube contratou e renovou salários de alguns astros locais, garantindo uma remuneração "extra" mantida separadamente do salário oficial (um artifício equivalente ao nosso direito de imagem, só que em outros termos e mais clandestino).
Mesmo a Liga mantendo equipes de auditores para cada um dos 16 times, a fraude só agora foi descoberta.
Os Storms (e bota Storm nisso), além da perda dos 2 títulos, terá que pagar uma multa de A$ 1,6 milhão, bem como devolver os A$ 1,7 milhão pagos de forma irregular.
Além disso estará alijado das finais da atual temporada, e só não haverá rebaixamento porque, a exemplo das Ligas americanas, não existe esse mecanismo.
A lição que fica é que fraudes existem em todos os países, a diferença é que enquanto a "dura lex" é aplicada nos países sérios, por aqui a impunidade corre solta, com penas abrandadas, legislação deficiente e etc.
No Brasil a palavra credibilidade começa com Z, no nosso dicionário.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Feira

Alguem quer comprar um clube de futebol ?

Tem um chamado Liverpool, na Inglaterra, que pode ser seu. Os donos se encheram do brinquedo (comprado em 2007 por £217 milhões), e dizem que por 20% a mais o negócio sai. Facinho.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fê Bê a Pá

Está difícil ler os jornais, assistir as TV`s, e acompanhar os blogs. É tanta bobagem, que sinto vontade de, tal como Nélson Rodrigues, sentar na calçada e chorar lágrimas de esguicho.

Primeiro em relação a novela "Morumbi 2014", interminável, e exatamente porisso comentada por uma quantidade incrível de "especialistas" e "generalistas" de plantão, na mídia.

Agora, após a eleição do Clube dos 13, os mesmos entendidos, debruçaram-se sobre o excitante tema: a retaliação da CBF contra os clubes que se alinharam à chapa vencedora. E tome bobagem.

O Morumbi será excluído de vez. A famigerada "taça de bolinhas" será entregue ao Flamengo (mas o Flamengo tb votou "contra" a CBF...), perseguições nas finais de campeonato, e mais um monte de informações de algibeira.

Bem, o Morumbi (ainda) não foi defenestrado (até porque não existe opção viável). E a tal taça da discórdia vai ser entregue ao SPFC, e não ao Flamengo.

O triste é ver como as pessoas acreditam nessas tolices, e como a mídia parece ter o prazer de manipular informações.

Meus 6 leitores, não acreditem em rigorosamente nada que é publicado sobre esses assuntos. Parece soberba minha, mas acreditem, vcs estarão se desinformando.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Falta profissionalismo. Sobra "politiquismo".

Hoje é primeiro de abril. Eu gostaria muito de escrever aqui uma série de mentiras divertidas, torcendo para que em algum momento pudessem se tornar verdadeiras. Mas está difícil.

Gostaria sinceramente que o profissionalismo na gestão do esporte, e do business que o envolve, fosse uma realidade no país. Infelizmente estamos longe, muito longe.

Os ditos profissionais das empresas que lidam com o esporte, vide o "imbroglio" do executivo demitido por postar bobagens em seu twitter, os profissionais que gerem nossos clubes e entidades, os que atuam dentro de campo à tarde e nas baladas noturnas horas depois, formam um triste quadro.

Se falta profissionalismo, sobra politicagem. Esse assunto "abertura da Copa no Morumbi" é uma amostra do que a política tem de mais nocivo na sua relação com o esporte. Mesmo que um esporte na era do business.

Esse jogo de morde e sopra sobre as condições do estádio é irritante. O projeto é bom hoje e ruim amanhã. Ameaças veladas de transferencia da abertura, parecendo um leilão tipo quem dá mais, e tendo como pano de fundo a ambição do presidente da CBF em ser presidente da Fifa, garantir sua re-eleição na CBF, e com as eleições no Clube dos 13. É muita política.

O que a CBF deveria fazer, é tentar resolver as questões fundamentais. Porque a situação crítica da sede paulista não se deve ao projeto. A questão crucial é saber de onde virão os recursos para viabilizar o projeto A, B ou C. Porto Alegre e Curitiba padecem dos mesmos males.

Forçar a barra para que São Paulo construa um estádio público zero quilômetro agora é insano. E inconsequente. Se o Morumbi não tiver como angariar os recursos necessários, que se defina logo qual a alternativa, ao invés de prolongar esse enredo de filme B.