sábado, 18 de outubro de 2008

Copa de 2014: São Paulo preocupa

Essa semana, a cúpula da CBF em visita a Fiesp, comentou sobre as propostas das cidades candidatas a sede na Copa de 2014, que serão apreciadas pela FIFA em 2009. Entre várias declarações, o presidente da entidade foi definitivo. A estádio da capital paulista que sediará os jogos, será o Morumbi. E ponto final.
É fato que faltam quase 5 anos para a Copa das Confederações, na qual o estádio paulistano certamente será utilizado, mas o trabalho para colocar o Morumbi nas condições ideais é imenso. O estádio precisa de reformas complexas e caras. É um equipamento privado, portanto não poderá contar com ajuda de dinheiro público, apenas com capitais privados. Se antes da crise essa situação já preocupava, depois desse terremoto financeiro, e que deve ter seus efeitos sentidos por pelo menos 2 anos, agora preocupa muito mais.
Foi visível nesse encontro, o esforço dos dirigentes do Palmeiras em ver a futura Arena Palestra ser considerada uma alternativa, ou mesmo uma segunda sede. A frustração ficou evidente. Eu converso com palmeirenses e sinto que no fundo existe o desejo de que o estádio paulistano da Copa fosse a nova arena palestrina.
A esses, meu recado. Em primeiro lugar temos que considerar que com 46.000 lugares, a futura arena não terá o perfil de um estádio para a abertura de uma Copa. Por outro lado, essa capacidade é ideal para os interesses de médio e longo prazos do clube, e certamente fará com que a média de público aumente consideravelmente, e consequentemente a geração de receitas, visto a demanda reprimida atual. Portanto, a arena deve ser vista como essencial para o futuro do clube, com Copa ou sem Copa. Mais importante é o processo de crescimento que será proporcionado. Esqueçam a Copa. Esqueçam a rivalidade com o São Paulo em torno do estádio a ser indicado. Deixem que as coisas aconteçam, e pensem apenas nos benefícios que a nova arena irá trazer. Acreditem, o clube do Morumbi já tem problemas demais a resolver.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Soccerex no Brasil

Em março de 2009, mais exatamente dias 17 e 18, acontecerá em Brasília, o Soccerex Brasilia Fórum 2009. É o primeiro evento no país com a marca Soccerex que é responsável pela organização das mais importantes Feiras de futebol do planeta. Durante os primeiros anos o evento realizou-se em Cannes, mas com a globalização já se deslocou para o Oriente Médio, e esse ano no próximo mês de novembro se realizará na Africa do Sul.
O evento no Brasil servirá para incentivar ainda mais a discussão em torno da Copa de 2014, com temas de interesse e que, espera-se, venha a reunir mais de 1.000 profissionais que atuam no mercado da industria esportiva.
Já tendo participado de 2 edições, recomendo o evento para todos aqueles que se interessam por futebol e pelo sport business.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pobres gramados

Bellamy detona gramado do Millenium Stadium
Atacante galês diz que o estádio é voltado para o rugby, dirigente se defende

Jogadores e comissão técnica do País de Gales queixaram-se que o gramado do Estádio Millenium estava muito macio e arenoso, durante a vitória por 2 a 0 sobre o Liechtenstein, pelas Eliminatórias Européias para a Copa do Mundo. O atacante Craig Bellamy, do West Ham, afirmou que o campo é mais apropriado para o rugby do que para o futebol.
- Trata-se de um gramado para rugby. Eles não dão a menor importância ao futebol aqui - declarou.
O gerente geral do estádio, Gerry Toms, admitiu "algumas insuficiências" em relação ao estado do campo, mas considerou ofensiva a reclamação do jogador.
- No Millennium Stadium nós realizamos muitos eventos além do futebol, principalmente o rugby. Mas tratamos os nossos usuários com o mesmo respeito, por isso acho que o pessoal aqui está um pouco ofendido com o comentário de Bellamy - disse Toms.
No mês passado, o treinador galês John Toshack já havia ficado insatisfeito antes da estréia nas Eliminatórias contra o Azerbaijão, devido ao uso do estádio para um show da cantora Madonna. Ele alega que o espetáculo prejudicou a manutenção do gramado e atrapalhou os seus planos de treino.

Aqui cabe a ressalva que o Millenium Stadium foi construído com foco no rugby, não no futebol. Ou seja, para o rugby o gramado continua ótimo.

Já o jogo entre Espanha e Bélgica pelas eliminatórias da Copa também corre riscos. Há cerca de 25 dias o campo foi trocado depois de uma apresentação do artista André Rieux. Implantaram 300 toneladas de grama vindas da Holanda mas, segundo os jogadores da seleção belga que jogaram semana passada contra a Armenia, o campo do estádio Rei Balduíno está uma vergonha. Fofo e arenoso. Se chover então...


Portanto, temos que fazer justiça. Não é só a Madonna que está destruindo os campos europeus.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O colapso em gotas

A Islandia quebrou. Os bancos abusaram da alavancagem, o financiamento internacional ficou escasso, e agora o governo está estatizando Bancos e tentando apagar o incendio. Bem, mas e daí ?
Daí que essa onda está fazendo o império do magnata local, Bjorgólfur Gudmundsson, fazer água. A situação do Landsbanki, é preocupante. O fato, é que entre os ativos do sujeito está o West Ham tradicional clube inglês, mais um daqueles clubes adquiridos por ricaços nos últimos tempos, aliás como tantos outros da ilha. Uma fonte informa que não há preocupação pois o portfólio de investimentos do magnata é bastante diversificado, e sua fortuna supera 1 bilhão de libras. Pode ser, mas a torcida está de cabelo em pé.


O comite organizador das Olimpíadas de Londres informou que faltam 250 milhões de libras para completar o orçamento da Vila Olímpica. A fonte de recursos secou após o início da crise.


A crise definitivamente está tirando o sono dos investidores, gestores, patrocinadores e torcedores na Inglaterra. Impossível não se assustar com os dados divulgados essa semana, ainda mais em um momento tão crítico da economia mundial. A dívida total do futebol inglês, incluídos todos os clubes e a dívida da federação inglesa com a construção do novo Wembley, alcança inacreditáveis 3 bilhões de libras. Apenas os 4 grandes clubes, Liverpool, Manchester United, Arsenal e Chelsea, representam praticamente 1/3, ou 950 milhões de libras. Eles se safam por conta de uma geração de receitas bastante grande, mas será que com a crise essa dívida conseguirá ser rolada ? Será que as receitas continuarão tão altas, ou sofrerão reduções ? Lembremos que na Inglaterra os clubes dependem muito dos recursos da transmissão de TV. Que depende do aquecimento do mercado publicitário. Que por sua vez depende da economia aquecida, o que parece não ser o cenário para médio prazo. E outro dado alarmante, é que as receitas dos clubes cresceram 3% em relação a temporada passada, mas as folhas de pagamentos aumentaram em média 12%. Não precisa ser contador para perceber que essa conta não vai fechar. Em algum momento essa loucura de investir milhões em salários e contratações vai ter que ser repensada.