Copa de 2014: São Paulo preocupa
Essa semana, a cúpula da CBF em visita a Fiesp, comentou sobre as propostas das cidades candidatas a sede na Copa de 2014, que serão apreciadas pela FIFA em 2009. Entre várias declarações, o presidente da entidade foi definitivo. A estádio da capital paulista que sediará os jogos, será o Morumbi. E ponto final.
É fato que faltam quase 5 anos para a Copa das Confederações, na qual o estádio paulistano certamente será utilizado, mas o trabalho para colocar o Morumbi nas condições ideais é imenso. O estádio precisa de reformas complexas e caras. É um equipamento privado, portanto não poderá contar com ajuda de dinheiro público, apenas com capitais privados. Se antes da crise essa situação já preocupava, depois desse terremoto financeiro, e que deve ter seus efeitos sentidos por pelo menos 2 anos, agora preocupa muito mais.
Foi visível nesse encontro, o esforço dos dirigentes do Palmeiras em ver a futura Arena Palestra ser considerada uma alternativa, ou mesmo uma segunda sede. A frustração ficou evidente. Eu converso com palmeirenses e sinto que no fundo existe o desejo de que o estádio paulistano da Copa fosse a nova arena palestrina.
A esses, meu recado. Em primeiro lugar temos que considerar que com 46.000 lugares, a futura arena não terá o perfil de um estádio para a abertura de uma Copa. Por outro lado, essa capacidade é ideal para os interesses de médio e longo prazos do clube, e certamente fará com que a média de público aumente consideravelmente, e consequentemente a geração de receitas, visto a demanda reprimida atual. Portanto, a arena deve ser vista como essencial para o futuro do clube, com Copa ou sem Copa. Mais importante é o processo de crescimento que será proporcionado. Esqueçam a Copa. Esqueçam a rivalidade com o São Paulo em torno do estádio a ser indicado. Deixem que as coisas aconteçam, e pensem apenas nos benefícios que a nova arena irá trazer. Acreditem, o clube do Morumbi já tem problemas demais a resolver.