sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Nas telas

Em matéria do Lance de hoje, a informação de que o próximo encontro entre Corínthians e Flamengo pode ser transmitido ao vivo para uma rede de cinemas com sistema 3D.

Quem acompanha o blog, deve ter lido sobre essa nova possibilidade de receita em posts anteriores. Quem não leu, pode faze-lo clicando nos mesmos (28/11/2008 - Mais tecnologia = Mais faturamento e 22/06/2009 - Nova tecnologia: 3D).

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Brincando de números

Muitos me perguntam (ainda) sobre a escolha de Cuiabá, Manaus e Brasília, como sedes da próxima Copa no Brasil, em detrimento de Belém e Goiânia. Em termos de arenas, eu já explicitei minha opinião. Mas, curioso, fiz uma rápida pesquisa comparativa das médias de público dos clubes desses cidades, nas diversas séries do Campeonato Brasileiro.

Série A
Goiás (GO) = 11.737

Série B
Brasiliense (DF) = 4.698
Vila Nova (GO) = 4.445
Atlético (GO) = 4.418

Série C
Gama (DF) = 2.711
Paysandu (PA) = 12.150
Mixto (MT) = 540

Série D
Nacional (AM) = 2.343

Obs.:
1- No jogo pela Série C entre Mixto x Gama, o público foi de 366 testemunhas.

2- Na Copa do Brasil 2009, a média de público do Clube do Remo (PA) foi de 24.836

Tirem suas conclusões.

sábado, 24 de outubro de 2009

Coluna no Brasil Econômico

Na edição de hoje do jornal Brasil Econômico, saiu uma coluna escrita por mim sobre os projetos das arenas para a Copa 2014. Está na pagina 72 para quem se interessar.
O título não foi o original e soa um pouco dúbio, mas mostra um pouco do que penso sobre o assunto.
Boa leitura.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tá tudo dominado !!!

Em 18/08, meus 6 leitores fiéis devem ter lido uma postagem chamada " O Poder da Jogatina". Nela, eu chamava a atenção para a preocupante escalada de patrocínios e atividades dentro do esporte, das empresas da área de jogos e apostas.
Pois bem, essa semana 2 acontecimentos se destacaram. Primeiro, no mega jogo Real Madrid x Milan, onde a mesma empresa de apostas ocupava a camisa dos dois super clubes. Ressalto que essa empresa investe, apenas nesses 2 clubes, quase 50 milhões de euro por temporada !!!
Agora nos chega a notícia que, tb por cifras imensas, a PokerStars de jogos on-line garantiu o patrocínio principal da poderosa Federação Inglesa de Rugby (a ilha será sede em 2015 do campeonato mundial da modalidade).
Esse fenômeno que ainda é tímido por aqui, em pouco tempo se fará sentir com muita força, para delírio de alguns clubes.
Essas empresas possuem um poder de fogo inimaginável, pois não pagam impostos (geralmente estão sediadas em paraísos fiscais), e os custos operacionais são ínfimos se comparados ao imenso faturamento global.
Os sub-produtos ? Muita corrupção e lavagem de dinheiro.

sábado, 17 de outubro de 2009

Um estádio especial




As imagens acima são da AFG Arena, ou Gründenmöos Stadion. É a casa do FC St. Gallen da primeira divisão suíça. Foi inaugurado em 2008 com capacidade para 21.000 torcedores. Mas o que ele tem de tão especial ?
Bem, além do projeto extremamente racional, e de ter sido concebido dentro de um modelo de negócio ideal tendo em vista o clube mandante e o potencial da região, com área de eventos e comercial agregada, ele pode ser considerado pioneiro no quesito de alimentação energética sustentável.
Dotado de painéis solares de última geração da Solar Power, que possui inúmeras vantagens em relação a outros sistemas similares, com maior capacidade de armazenamento, com captação de energia apenas com uma pequena luminosidade, e possibilidade de instalação quase horizontal e com pouquíssimo peso, o que o torna ideal para coberturas de estádios.
Está aí um bom exemplo de projeto que poderia ser utilizado no Brasil.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

US "business" Open








Um amigo do blog esteve presente ao US Open 2009, e a meu pedido, captou alguns flagrantes do evento. Um show. Entretenimento para o público levado ao máximo.
O fato a destacar, foi que pela segunda vez seguida, a decisão de simples masculina foi disputada na segunda-feira, por causa da chuva intensa. Em função disso, perguntaram ao diretor da Federação Americana de Tenis, e organizador do torneio, se cogitavam instalar um teto retrátil na quadra central, afinal, o Australian Open e Wimbledon já possuem, e Roland Garros planeja instalar até 2013.
A resposta foi tipicamente americana.
Ele respondeu que gastar US$ 100 milhões para impedir que essa situação do atraso aconteça, não faz parte dos planos dos organizadores.
Os jogos ficam sobrepostos ? Os jogadores sofrem mais desgastes ? E daí ? os índices de audiência da decisão na segunda foi pouco inferior ao de domingo.
This is América. O que importa é o faturamento. Se o faturamento pouco sofreu com a chuva, para que gastar uma fortuna com teto retrátil ????
Isso é que é sportbusiness...


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Incompetência ao quadrado

Assustador o que aconteceu ontem no estádio olímpico. A direção do Botafogo se excedeu. Se já demonstrava incompetência na incapacidade de gerar receitas com o estádio desde que obteve a concessão do equipamento, apesar de todos os problemas de projeto já fartamente comentados, o clube mostra-se perdido na gestão até mesmo da bilheteria.
O estádio, como meus 6 leitores fiéis sabem, possui capacidade para 45.000 pessoas, sendo que 43.000 para venda de ingressos com segurança.
Para a partida contra o Avaí, o clube contava com alguns trunfos. Feriado, dia das Crianças, tempo bom, promoção no preço dos ingressos para atrair crianças e pais, e motivação natural da torcida pelos últimos bons resultados do time.
Mas acreditem, com tudo isso a favor, o clube solicita uma carga de apenas 30.000 ingressos. Com o caos já formado, solicitam emergencialmente mais 5.000. Só que a essa altura, já era tarde. Portões abertos para evitar uma tragédia, muita gente entrou sem pagar, enquanto outros que compraram ingresso, não conseguiram.
A verdade é que gestão profissional de arenas é uma atividade insipiente no Brasil. Normalmente o "gestor" é um engenheiro que entende da manutenção da estrutura, mas que nada entende de gerar receitas. Como o marketing dos clubes não possui nenhum profissional com experiência específica em arenas, os equipamentos ficam sub-utilizados e sujeitos a episodios como o de ontem.
Quando estive a frente do estádio do Celta, eu dividia a gestão com um engenheiro que se ocupava das áreas de manutenção (chamadas áreas de custo). Eu me ocupava da geração de receitas e comunicação de forma exclusiva. Os profissionais de marketing do clube cuidavam da negociação de patrocínios do clube e receitas de mídia, mas todas as atividades comerciais envolvendo o estádio eram de minha responsabilidade. E isso se dá em todas as arenas esportivas de porte mundo afora, onde gestão esportiva é realidade.
No Brasil isso ainda é ficção.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mais equívocos

Recentemente em entrevista à Folha Online, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, criticou o Governo por se preocupar em fazer obras para a Copa de 2014, que depois não serão usadas. Para ele, tudo depende do fato de não se saber, ainda, quais jogos e seleções as cidades vão abrigar. Segundo o ministro, não adianta fazer um investimento "brutal" em determinadas cidades sem saber se ela receberá jogos importantes.
Ou seja, o Governo está investindo em arenas tendo como objetivo exclusivo a Copa. O ministro se mostra indignado mas ele mesmo mostra não compreender bulhufas sobre o assunto o qual opina. Como pode um Governo (leia-se Federal, estaduais e municipais), investir bilhões em estruturas focando um torneio com duração de 4 semanas ?
A resposta parece óbvia. Não podemos pensar em construir arenas apenas por conta da Copa. A Copa deve ser vista apenas como uma oportunidade para acelerarmos a renovação de nossa infra esportiva. Os ciclos de renovação desses equipamentos são de 30/40 anos. Precisamos pensar que essas serão as arenas que nossos torcedores frequentarão, e que nossos clubes utilizarão nas próximas décadas. Portanto, construir as arenas assim ou assado apenas pensando na Copa não faz sentido. Precisamos pensar em arenas seguras e confortáveis para os torcedores, e com modelos de negócio que permitam uma exploração comercial lucrativa por parte dos clubes que as utilizem.
Por isso ministro, saber quais, quantos, e que seleções jogarão em cada estádio é absolutamente irrelevante. O senhor deve se preocupar em saber isso sim, quais os clubes que os utilizarão depois da Copa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Manifesto Olimpico

Meus 6 leitores devem ter estranhado o fato deste blog não ter postado nada durante o processo de escolha da sede olímpica de 2016.
Pensei em escrever sobre os benefícios de um mega evento, das ações que a sociedade precisa proceder para garantir que a execução do projeto se dê dentro dos princípios da legalidade e da transparencia. Mas desisti.
Depois do anuncio, e da ressaca, da escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016, passei uns dias lendo sobre o assunto. A opinião de leitores de diversos blogs, de jornalistas, de autoridades, enfim, tentando captar os efeitos dessa escolha, e tentar responder uma pergunta. O que o povo brasileiro espera de uma Olimpíada ? O que deixará satisfeita a sociedade após o evento ? Sim, é a mais pura elocubração filosófica.
Leio os jornais e tento encontrar pistas. Pelo lado das autoridades e organizadores, enquanto o Ministério do Esporte intenta tomar as rédeas do evento e importar o "modelo australiano" (baseado em centros de excelência), o COB aparentemente não abre mão de comandar o show, e por seu turno, planeja importar o "modelo inglês" (parece que eles continuam não se entendendo). Pelo que entendi, o grande objetivo de ambos é ganhar medalhas. O presidente já deu o tom: temos que estar entre os 10 primeiros no ranking de medalhas em 2016. Questão de orgulho nacional.
Pelo lado da população, dificil saber ao certo o que ela quer. Ou o que queremos, afinal nós tb fazemos parte dessa grande e heterogenea entidade chamada "povo". Me socorro mais uma vez dos jornais para encontrar pistas. Leio declarações de defensores do "modelo americano", que precisamos nos tornar uma potência olímpica, à semelhança da pátria de Obama. Ou seja, muitos querem exatamente isso. Medalhas. isso é o que importa. E olhando por esse lado, povo e governo estão afinados. Todos querem medalhas. A falta dessas, a Olimpíada seria um fracasso.Leio tb que grande parte do povo, principalmente os que foram contrários a que o Brasil sediasse o evento, clama por mais hospitais. E numa outra nota, leio com espanto que ja existem mais farmácias que padarias no país !!! Não é assustador ? Vendemos mais remédios que pão, no Brasil. E é o conjunto dessas notícias que me preocupa. Mostra que começa a se instalar na sociedade a cultura da doença e não da saúde. Porque hospital não promove saúde, apenas trata de doenças. Ao mesmo tempo essa mesma sociedade se enche de remédios, porisso tantas farmácias. Seria tão bom que a população ao invés de tantos remédios clamasse das autoridades mais acessos e espaços para a prática esportiva. Porque praticar esporte, além da inclusão social, da qual nosso país carece tanto, promove saúde, e promovendo saúde certamente consumiríamos menos remédios, e em consequência, demandaríamos menos hospitais.
Mas será que ganhar medalhas é o que realmente importa ? Será que nos tornarmos uma potência olímpica à la Estados Unidos é o melhor ?
Porque a nação do Norte, ao mesmo tempo que se destaca pelo número de medalhas olímpicas, se destaca tb como uma das populações menos saudaveis do planeta. São campeões de natação e de obesidade. De basquete e de sedentarismo. De atletismo e de hipertensão. De basebol e de doenças do coração. Não é curioso ? O "modelo" mais desejado pela nossa população, e com objetivos tão afinados com os do Governo, é aquele que privilegia as medalhas em detrimento da saúde.
Eu entendo que está na hora de rediscutirmos isso. Está na hora de definirmos, antes mesmo de qual a política esportiva mais indicada a ser implantada, entendemos esporte como apenas um meio de ganharmos medalhas, ou se o utlizamos como a melhor ferramenta para melhorar a saúde de nossa gente. Talvez a opção pela saúde em primeiro lugar, seja o embrião de um "modelo brasileiro", mais importante do que modelos americanos, australianos ou ingleses.
O debate está lançado.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Curtas

Peço desculpas aos meia dúzia de seguidores deste blog pela ausência nos últimos dias. Nos próximos dias estarei atualizando as postagens e abordando a enorme quantidade de assuntos que fervilham.
Dinheiro de apostas
O Real Madri acaba de renovar o patrocínio de sua camisa com a empresa austríaca de apostas Bwin até 2013. Os valores giram em torno de 23 milhões de euro por temporada (aproximadamente R$ 60 milhões / ano), contra os 17 anteriores. Nunca se apostou tanto.
Vendas da Copa 2010 surpreendem
A venda dos pacotes de hospitalidade para a Copa de 2010 vem atingindo níveis surpreendentes. Desde os pacotes mais caros, chamados Big Five pois dão direito a camarotes de 15 a 32 lugares, e 36 jogos nos 5 maiores estádios, a US$ 1,5 milhão, quanto os mais baratos, que permitem assistir os 3 primeiros jogos da seleção escolhida, a US$ 950, a procura tem sido grande por parte de empresas, principalmente sul-africanas, e de pessoas físicas. As vendas em países como Brasil e Inglaterra aumentaram bastante desde a confirmação da presença dessas seleções em 2010.