terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Quem quer se atualizar ? II

Caros e fiéis acompanhantes do blog. Confesso que me surpreendi com o interesse de vcs. Até agora mais de uma dezena de pessoas demonstraram interesse (será que ampliei minha base de leitores ???)

Em função disso, estou apenas aguardando uma resposta da agencia que está estudando a logística dos roteiros e a equação dos custos, para divulgar quais seriam as opções de pacotes disponíveis.

Em princípio, seriam 2 eventos na Europa (março e abril), e 2 nos EUA (abril e maio). Haverá ainda 1 evento no Oriente Médio, que será grande e badalado, mas acredito que o custo x benefício não seja dos melhores, pois será muito mais um palco para políticos brilharem nos holofotes, do que discussões e apresentações interessantes de assuntos da industria do setor. Estou descartando esse, mas o citarei na relação que em breve irei postar.

Até sexta-feira postarei a relação dos eventos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Quem quer se atualizar ?

Fiéis leitores do blog. Em 2007, participei de uma ótima experiência. Participei de um grupo de 15 profissionais latino-americanos que participaram de um seminário de segurança de arenas esportivas em Phoenix, Arizona. Foi excelente.
Naquela época, já havia percebido como os profissionais e interessados no tema "arenas esportivas" no Brasil, participam pouco dos grandes eventos internacionais. Eu era o único brasileiro daquele grupo.

Assim, surgiu a idéia de propor a uma empresa especializada na organização de pacotes que misturam turismo & esportes, a elaboração de pacotes que permitam aos brasileiros participar de grandes eventos de gestão, construção e operacionalização de arenas esportivas no exterior, que através da formação de grupos permitiriam uma significativa redução dos custos.

A idéia foi muito bem recebida, e eu já selecionei 4 eventos de grande qualidade que se realizarão no primeiro semestre de 2010 (março/abril/maio).

Agora preciso ter uma idéia da quantidade de potenciais interessados, para que a empresa possa negociar o custo e as condições de cada evento, considerando grupos mínimos de 10 participantes, por exemplo.

Quem tiver interesse em aprofundar conhecimentos, se atualizar, e aumentar o network, entre em contato. A hora é essa.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O x da questão

Essa semana realizou-se em São Paulo a 3a reunião do fórum "Time de Arquitetos da Copa". Marcaram presença todos os arquitetos autores dos projetos dos estádios que sediarão os jogos da Copa 2014, com exceção de Rio de Janeiro e Fortaleza. Vários temas foram discutidos, trocas de informações sobre tecnologias, sustentabilidade ambiental, legislação urbana, e, last but not least, formas de evitar futuros "elefantes brancos". E é aí que a coisa encrenca.

Vou repetir o que tenho dito por vários anos, e muitas vezes mal interpretado. Arquitetos entendem de arquitetura. De elaboração de projetos arquitetônicos. Engenheiros entendem de engenharia. De construção e manutenção de estruturas. Parece óbvio mas não é. Ou pelo menos não tem sido aqui no Brasil.
Arquitetos e engenheiros, a priori, não entendem de modelos de negócios comerciais. Não entendem de estudos de viabilidade econômica. Não entendem de estratégias de marketing de arenas que propiciam receitas que embasam aqueles estudos.

E esse é o tal x do título do post. Como profissionais que não entendem dessas questões poderão solucionar o nosso maior problema que é a viabilidade econômica dos futuros estádios para que não se tornem elefantes inúteis ?
Temos ótimos arquitetos no Brasil, capazes de elaborar projetos arquitetônicos de alto nível. Possuímos engenheiros competentes e grandes construtoras capazes de executar com sucesso qualquer projeto, inclusive os mais sofisticados. Esse não é o nosso problema.

Nosso calcanhar de Aquiles em relação à Copa de 2014 é uma sucessão de equívocos, iniciada pela escolha política das sedes por parte da CBF, pois várias das cidades escolhidas não possuem massa crítica de futebol para viabilizar projetos de 50 a 70 mil lugares. Então se não possuem viabilidade porque os arquitetos embarcaram nessa canoa e tentam desesperadamente que esses projetos vinguem ?

Reparem meus queridos 6 leitores, que nenhum projeto, nenhum, apresentou estudos de viabilidade econômica. E porque ? Fácil. Porque vários deles seriam considerados inviáveis, o que deixaria os políticos interessados nas construcões, e a CBF, numa saia justa indesejável.

É claro que os escritorios de arquitetura não têm culpa, ou pelo menos toda a culpa. Eles são contratados e pagos para elaborar os projetos. Mas seria desejável que, no minimo, possuíssem em seus quadros profissionais capazes de analisar os projetos não apenas pela ótica da arquitetura, afim de que não só uma maquete hi tech seja apresentada, mas um projeto integrado, viável economicamente, e que efetivamente represente para o cliente uma solução, e não um problema futuro.

Temos uma oportunidade fantástica pela frente de renovarmos nossa infra estrutura de estádios de futebol, para os próximos 40 anos, mas não podemos sucumbir diante da tentação de repetirmos os mesmos erros da virada dos anos 60 para 70, quando o Governo da época construiu elefantes brancos por esse país afora, torrando recursos e iludindo os usuários.

Infelizmente esse espaço é modesto, e minha voz tem alcance curto.


Obs: Em complementação ao post, eu espero sinceramente que todos os projetos que optem pela utilização da linha de crédito disponibilizada pelo BNDES, sejam obrigados pelo banco a apresentar os estudos que comprovem a viabilidade econômica dos projetos. É o mínimo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Registro de convite

No próximo dia 17, às 17 horas, na unidade Gama Filho da Candelária, será lançado o livro China-Brasil Estudos Olímpicos, fruto de parceria entre o Grupo de Estudos Olímpicos da Universidade Gama Filho/CNPQ e a Universidade do Esporte de Beijing, com apoio do COI.
O Grupo de Estudos, coordenado pelo Prof. Lamartine Da Costa, foi criado em 1992 e tem sido fonte da maior producão academica nessa área, no Brasil.

Além do livro, será apresentado o Programa Olimpico da UGF/2009-2016, com 20 projetos relacionados ao Rio de Janeiro, e aos megaeventos esportivos da próxima decada no Brasil.

Parabens ao Prof. Lamartine e sua equipe de colaboradores pela contribuição excepcional à pesquisa dos estudos olímpicos no país.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Plástica à vista



Lembram-se dele ? É ele mesmo. O Estádio Olímpico de Sidney, ex-Telstra e atual ANZ Stadium, depois de apenas 10 anos de construido, vai passar por uma plástica.
Como a Austrália pretende se candidatar a sede de uma futura Copa do Mundo de Futebol, provavelmente em 2022, o operador do equipamento já planeja algumas melhorias para os próximos anos.
Por US$ 120 milhões, pretendem instalar um teto transparente retrátil, e aumentar a capacidade dos atuais 83.000, para 90.000 lugares.
Nessa área, consideramos 35 anos como o ciclo médio de vida de um estádio, e 15 anos o período para a primeira atualização.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Filosofia de botequim

Terminou o campeonato brasileiro. Uma das coisas mais divertidas é ler as colunas e ver os programas de debates com os nossos especialistas em futebol. Com o tempo, a função do jornalista esportivo deixou de ser apenas a de informar, mas sobretudo, a de explicar porque as coisas acontecem de um jeito e não de outro. Quase que explicar o inexplicável. Fica divertido ler as teorias, as defesas e os ataques igualmente apaixonados entre "ponto corridistas" e "mata-matistas", enfim, opiniões que tentam se equilibrar no equilíbrio improvável do futebol.
Entre as teorias que viraram leis, quase uma receita de bolo infalível, está a relação de, digamos, "qualidades", que um clube precisa reunir para ser campeão brasileiro por pontos corridos.
Não pode mudar técnico no andamento da competição.
Não pode atrasar os salários dos jogadores.
Tem que ter "estrutura". CT de primeira, assim como recursos físicos e humanos.
Sem esses fatores aí de cima, pode dar adeus ao título.
Aí aparece um Flamengo e bagunça o coreto dos teóricos.
O Flamengo trocou de técnico, trocou a direção de futebol inteira, atrasou salários constantemente, apostou em jogadores datados, sua estrutura deixa muito a desejar, e ainda importou um imperador que, tal e qual seus predecessores romanos, é pródigo em loucuras.
Claro que de uma dezena de competições, até eu acredito que um clube nessas condições talvez consiga ter sucesso uma vez só.
Mas uma única vez que seja, já é suficiente para mostrar a magia de um esporte que seduz exatamente pelo flerte constante com o improvável.
E é aí que vem o mais divertido, pois os teóricos, surpresos, passam a elaborar teorias sobre o porque da exceção à regra, boa parte delas tão rasas que ofendem nossa inteligencia.
De repente, o técnico do time possui poderes quase mágicos, a estrutura não é tão ruim assim, e os salários estão em dia. Pronto, está explicado.
Esquecem que resultados muitas vezes não se explicam. Mas a grande maioria se recusa a responder "não sei", e se obriga a elaborar uma explicação deletéria que faça algum sentido. Esquecem que o futebol não se explica. A paixão por ele não se explica. Os desatinos que se cometem em seu nome não se explicam.
No fim, depois de tantos falsos profetas e teorias do apocalipse, ficamos com a sensação de que a razão está com aqueles simplórios que repetem que o futebol é uma caixinha de surpresas, ou como diria o filósofo-mor Nélson Rodrigues:

O campeão brasileiro de 2009 já estava escrito há 2 mil anos antes do nada.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Competência para vender ingressos

A cada dia esses "gestores" de estadios no Brasil, se superam. Depois daquela estratégia brilhante do Botafogo, ofertando 30 mil ingressos para uma demanda previsivelmente maior, agora o pessoal do Flamengo/Suderj/Federação, certamente com inveja, resolveram inovar e adotar uma estratégia ainda mais espetacular. O objetivo vcs sabem. Submeter o torcedor a toda sorte de sofrimentos, privações e sacrifícios, pela suprema honra de adquirir um ingresso para assistir "in loco" o time do seu coração.
Sim, porque é difícil até mesmo nomear as responsabilidades. A Ferj joga a responsabilidade da venda para a Suderj, que por sua vez a repassa para o clube. Claro, filho feio não tem pai, todos nós sabemos. A Suderj cobra 13% da renda dos jogos no Maracanã, que é utilizada para a manutenção do estádio do qual é gestora. Já a Ferj recebe "apenas" 5%, que se justificam para...para...para o que mesmo ? Bem, para digamos fazer frente a seus compromissos, sejam eles quais forem.
O certo e que essas cabeças geniais, individualmente ou em grupo, se excederam em excelência.
Último jogo do campeonato brasileiro. Flamengo com a mão na taça. Ingressos vendidos com antecedencia. Eis que, o adversário devolve os 5 mil ingressos que lhe cabiam. Há 4 dias do jogo. E o que os geniais "gestores" decidiram ?
Claro, vender os míseros 5 mil ingressos (que certamente seriam disputados à tapa por dezenas de milhares de torcedores), na bilheteria do estádio. De uma genialidade perversa.
O resultado todos viram. Pancadaria, agressões, confrontos entre torcedores e policiais, muita gente ferida, um sucesso absoluto. Mais sofrimentos que esses para obter um ingresso, impossível.
Mas não teria sido mais racional vender os ingressos pela internet ? Porque a disparidade entre quantidade de ingressos e demanda pelos mesmos, era tão flagrante, que a opcão pela venda na bilheteria só pode ter sido obra de um plano maquiavélico.

E por favor, não me venham com o argumento de que a venda pela internet impede a popularização da venda. Me poupem.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Uma nova estratégia para São Paulo III

Lendo as respostas dos candidatos à presidência do Santos formuladas e publicadas no blog do Torero, minhas esperanças de alguma mudança significativa na forma de enxergar o futuro do Santos são nulas.
O candidato oposicionista fala em "reviver" a Vila Belmiro como "alçapão", a exemplo de inúmeros timecos espalhados por aí, enquanto para o candidato "eterno", da situação, a grande novidade será abrir uma mega store do clube...na Vila Belmiro ! 51...

Chore santista.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Profissão de Futuro

Volta e meia vemos alguma matéria na mídia, buscando identificar quais seriam as profissões de futuro, aquelas que estão, ou estarão, em alta.

Pois lendo a notícia divulgada ontem pela English Premier League, entidade que cuida dos interesses da principal liga inglesa de futebol, podemos com certeza identificar uma delas.

Dentro das novas medidas de transparencia aprovadas pela entidade, uma delas determina a divulgação de todos os pagamentos de comissões,"fees", pagos pelos clubes da Premier League aos agentes, em decorrencia de transferencia de atletas, no período de 1 ano.

No comunicado, verificamos que no período de outubro/08 a setembro/09, os agentes embolsaram pouco mais de £70 milhões !!!

O campeão de comissões foi o Manchester City com £13 milhões e o "lanterninha" foi o Burnley, com "apenas" £468 mil. Foram 35 atletas transferidos, resultando numa média de comissão por transação de £360 mil.

Interessante que em tese, não houvesse a figura do agente, esses £70 milhões teriam entrado uma parte nos bolsos dos atletas, e uma parte nos cofres dos clubes. E no Brasil, quanto será que atletas e clubes colocaram na conta corrente (e muitas vezes não corrente...)dos agentes ?

Em pouco tempo, a garotada irá preferir ser agente do que jogador, afinal, agente não "apanha" em campo, não precisa levar vida regrada, e a carreira tem uma longevidade muito maior.

Então, agente de futebol é ou não é uma profissão de futuro ?

Uma nova estratégia para São Paulo II

No post anterior, a certa altura eu pergunto: "O que o Santos pensa da vida ? Será que o time praiano acredita em crescimento, em todos os sentidos, jogando num estádio acanhado estilo "alçapão" ?"

Sinceramente eu nunca pensei em ser respondido tão rápido.

Porque ontem, o atual mandatário do clube, e candidato nas próximas eleições, falando na rádio da família, soltou essa pérola: "Tenho medo que o Santos caia para a segunda divisão, pois acho que o clube não tem a força de outras camisas para sair de lá. Se cair, não volta."

Entenderam ? Para mim ficou claro.